Poço das Almas
Esquecido pelo tempo e pela civilização, ele repousa no coração do capão.
Suas paredes de pedra, outrora robustas e imponentes, agora estão cobertas de musgo e teias de aranha. Com sua boca circular parece um olho adormecido, observando o mundo com indiferença.
Apenas a luz prateada da lua penetra através das folhas das árvores, criando padrões mágicos no chão de terra. O silêncio é profundo, quebrado apenas pelo ocasional coaxar de uma rã ou o sussurro do vento nas folhas.
O cheiro de terra úmida em decomposição paira no ar, misturando-se com o frescor da noite. O poço é um relicário do passado, um testemunho silencioso das histórias que ela guardou e dos segredos que ele esconde.
Dizem que em noites de lua cheia e sob o silêncio da penumbra domunante, vozes de almas que ali encontraram seu destino final podem ser ouvidas, mas elas só falam com os corajosos e puros de coração.
Não há nada relevante por perto.
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