O Começo pelo BoardGame


No mundo dos games nenhum modelo ou estrutura funcional é mais sofisticado e intrincado do que os jogos de tabuleiro. Desde os tempos anteriores a era digital que eles povoam o imaginário dos jovens e dos não tão jovens assim.

No entanto, toda essa "majestade" não impede esses jogos de sofrer de um mal crônico: não é fácil reunir um grupo de pessoas, ao redor de uma mesa, com tempo e disposição para passar horas se entretendo com um tabuleiro, algumas peças de plástico ou metal, cartas informativas e dados que, por si só já definem um universo especial.

A era da comunicação digital, o computador e em especial a internet, com a facilidade de estarem todos no mesmo local e ao mesmo tempo, poderiam ter sepultado para sempre essa modalidade de entretenimento. Não foi bem isso que aconteceu e o jogos de tabuleiro seguem sua trajetória marcante de envolvimento social.

Como todo game designer que se preza, muito antes de existirem videogames e computadores, eu já planejava combates navais que ocorreriam num mapa feito com cartolina e desenhado à mão.

O tempo, ou a falta dele, as novidades digitais e principalmente os adventures, junto com as narrativas interativas impediram-me que chegasse às vias de fato e desse forma concreta aos meus sonhos criativos. Pelo menos até que o celular, com a sua universalidade me mostrasse um caminho.

A ideia sempre esteve baseada em algo simples, com uma mecânica intuitiva, rodando com o mesmo resultado em qualquer tipo de equipamento, para não privilegiar os mais abastados, divertido e que não demandasse muito esforço na construção. Com o Micro Aventuras eu já teria meio caminha andado.

Um boardgame é essencialmente uma lista de participantes, um tema e seu contexto de alternância de jogadas, até que o desfecho seja atingido. Mas como isso funciona na prática?



Em primeiro lugar, durante uma partida, você não precisa ver (se não quiser) o tabuleiro todo. É suficiente um zoom da sua posição e das posições adjacentes. Basta clicar ou "dedar" na posição para onde deseja ir e mais nada (se for a sua vez de jogar, claro).

Clicar ou dedar tantas vezes quantas forem sorteadas pelo seu dado, quando então você passa "a vez" para o próximo jogador. Nada mais básico e simples.

Já os outros jogadores podem optar entre ficar vendo a sua posição atual e arredores ou "acompanhar" o jogador da vez, enquanto ele joga.