"Personagem fantasma"
Não, não se trata de um personagem "assombrado" e muito
menos "assombroso". Na verdade estou falando de um
personagem que não foi definido claramente como um objeto.
Como esse vudu macabro é possível?
Na construção do interpretador de instruções, do Micro
Aventuras, propositadamente deixei de "checar" a veracidade
que um objeto, quando o mesmo é mencionado numa
instrução. Isso confere ao sistema uma grande flexibilidade
mas tem um preço a ser pago: caso precise saber se uma
palavra é de fato um objeto, você terá que fazer isso
com programação.
A boa notícia, cientificamente comprovada por quase 10 anos
de Micro Aventuras, é que isso é uma coisa rara. Ainda mais
se estivermos trabalhando com narrativas clicáveis (ou
"dedáveis").
Entenda o processo: se por alguma razão alguém (o usuário,
leitor, jogador ou mesmo o autor da narrativa) fizer
menção a um objeto (por exemplo um "canivete") o sistema
vai responder que não tem um canivete com o leitor ou na
página atual do leitor. Mas não vai dizer se o canivete
existe, no contexto geral da narrativa, afinal, já basta
saber que ele não está à disposição.
Então talkey, qual é a mágica? Simples: use (na verdade
"convencione") que um determinado registrador fará o
papel de objeto, ou melhor ainda, de personagem. Então a
gente pode assumir que o registrador 10 (por exemplo) é
o Sumé da nossa narrativa.
Ficam valendo as mesmas regras para objetos, ou seja, o
valor contido no registrador 10 indica onde o personagem
está, se está vivo ou não (no limbo dos personagens) ou
mesmo se ele possui (e quais possui) objetos "normais".
Acredite quando digo que vai ser muito mais fácil agora
conversar com esse personagem. Como? Na próxima eu te
conto.
Entendi, vamos em frente...
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