"Mudando um pouco o foco"

No conto interativo toda mecânica que permite as decisões do leitor é programada pelo autor da narrativa e portanto não há como fugir do "script" (literalmente falando).


Mas existe uma forma de incluir elementos na narrativa que irão dar ao leitor poderes que o autor talvez não tenha sequer pensado neles. São os objetos.

No livro jogo impresso e na grande maioria dos sistemas digitais de construção de narrativas interativas não existe essa possibilidade de manusear alguma coisa que extrapola as próprias páginas. No Micro Aventuras isso não é nenhum problema.


Imagine o poder de um elemento que existe na narrativa independentemente da página que o leitor está lendo. Tais elementos podem interagir direta ou indiretamente nas decisões do leitor ou podem, eles mesmos abrir possibilidades fora do contexto original.


Em nosso exemplo, imagine que o herói (o leitor) ostenta pendurado ao redor de seu pescoço um muyrakytã, herdado de seu pai - um índio que veio das terras do norte e que fixou residência na região das reduções.

A construção do mesmo é algo bem simples: no painel principal da sua narrativa selecione a opção "objetos".


Em seguida, digite o nome do objeto a ser criado (este nome será sempre a referência a ele) e clique no botão. Pronto o objeto já existe.


O passo seguinte é editar alguns campos do objeto, tanto para as definições iniciais como para as definições atuais, ou seja, o exato estado em que o objeto encontra-se no momento.


Note que o tal objeto irá iniciar o conto de posse do leitor (jog, de jogador). Se quiser colocar esse objeto em alguma página, basta alterar esse campo para o nome dela. O mesmo vale se quiser colocá-lo dentro de outro objeto.

Além de gravar é possível também já criar um script para este objeto, que permitirá entre outras coisas que ele possa ser manipulado.

OBS: não sabe o que é "muyrakytã"? Pesquise sobre ele e descubra coisas interessantes, que serão usadas mais adiante na narrativa deste workshop. A razão disso é simples: o que conta aqui não é tanto o poder da mecânica de manipulação em si mesmo mas o que fazer com o objeto em relação ao enredo. Pense sobre isso.


Entendi, vamos em frente...

Quero comentar

Índice das páginas