O destino o colocou frente a uma situação delicada: sobreviver a um acidente aéreo, numa selva cheia de perigos. Provavelmente você nunca esteve numa selva real e agora precisa escapar de uma delas totalmente desconhecida.

Para que você tenha sucesso daremos aqui alguns conselhos:

A onça, por exemplo, é um animal muito forte e determinado. Sua pele amarelo ouro, com grandes manchas pretas, torna este animal difícil de ser localizado numa vegetação densa. De fato, o habitat natural da onça é a mata fechada, onde ela se move com desenvoltura e sem provocar o menor ruido. Seus dentes e garras afiadas tornam o seu poder destruidor algo assustador. Esses animais não se intimidam facilmente e em alguns casos não há alternativa a não ser enfrentá-los. Nesses casos um dos dois provavelmente terminará morto. Tenha todo o cuidado para não ser você.

As cobras, por outro lado, habitam lugares úmidos, notadamente margens de lagos e riachos, lugares cheios de pedras, morros e serras, e lugares cuja vegetação é muito cerrada (um bambuzal, por exemplo). Elas são tão perigosas quanto as onças, porém é mais fácil lidar com elas. Apesar disto, uma picada de cobra é morte certa se você não for medicado a tempo.

Além dos animais, a selva possui também outros habitantes, como é o caso dos índios. Normalmente eles são dóceis e gentis, porém nunca os provoque pois eles podem tornar-se perigosos. Diversos órgãos do governo brasileiro tem documentos que mencionam a existência (ainda) de tribos canibais em plena selva amazônica. Tais informações nunca foram devidamente comprovadas, porém existem lendas, contadas pelos habitantes das matas, de que há um povo muito estranho que vive na selva, perto de um grande lago. Tudo isto pode não passar de uma lenda porém é melhor não arriscar muito.

Outras lendas, relativas à selva, dizem que muito antes do descobrimento do Brasil existiam povos desenvolvidos no interior do país. Diversas incursões na Amazônia já foram realizadas afim de se descobrir vestígios dessas civilizações. É interessante notar que a lenda do Eldorado situa a cidade de ouro no coração da selva. E não é só isso pois há também a lenda do mundo subterrâneo, que teria uma das suas entradas justamente na selva.

O exército brasileiro já promoveu diversas expedições exploratórias e nada constatou. Consta em arquivos secretos que um dos acampamentos comumentemente usado foi abandonado às pressas e que até hoje ninguém retornou desta expedição.

Enfim, na selva a sua principal preocupação deverá ser sempre sobreviver e retornar à civilização. Para tanto você deverá contar com suas habilidades, perspicácia, bom senso e inteligência. Lembre-se que estará sempre sozinho e que um passo em falso pode significar a sua morte.

Como jogar ::

O Amazônia é um jogo do tipo adventure, onde o principal objetivo é escapar da selva amazônica após um acidente aéreo. O jogador inicia a partida junto aos destroços do avião e vai agindo de acordo com a situação que se apresentar, sempre tendo como parâmetro de atitude uma situação real.

As ações são executadas a partir de frases, compostas com verbo mais objeto. Em alguns casos pode-se usar dois objetos numa única frase. O sistema aceita palavras abreviadas e o uso de pronomes, no lugar dos objetos. Por exemplo:

O jogo possui um sistema de reconhecimento de frases que dispensa a digitação das palavras por inteiro. Por exemplo: EX, EXA e EXAM correspondem à palavra EXAMINE. Tal sistema funciona a partir de um buffer onde as palavras estão arquivadas de acordo com a sua importância no jogo, ou seja, o sistema utilizará a primeira palavra que satisfaça o que foi digitado pelo jogador. Quanto mais letras forem fornecidas, mais acertadamente o sistema se manifestará.

A acentuação ortográfica deverá ser respeitada, caso contrário a palavra não será reconhecida. Acentue de acordo com as regras de acentuação da língua portuguesa.

As operações típicas de um adventure, como movimentar-se pelo jogo, pegar e soltar objetos, examiná-los, etc, podem ser feitas de forma direta, através do mouse ou do mapa de localização.

Estratégias globais ::

Ainda que não seja muito da minha política dar dicas "explícitas" sobre o jogo, não posso simplesmente ignorar os inúmeros e-mails e pedidos de socorro que chegam até minha caixa postal.

A principal questão apresentada pelos jogadores gira em torno de "estou perdido na selva e não sei mais o que fazer - como encontro a saída?". Sempre respondo a esse tipo de pergunta da seguinte forma: o importante é respeitar três coisas - dar atenção ao que acontece ao seu redor; pensar como se estivesse de fato naquela situação e ter sorte.

O jogador precisa de sorte basicamente por uma razão: ele tem que encontrar um cristal perdido. Tal objeto é colocado em uma determinada posição, sempre que o jogo começa e essa decisão é aleatória. Então, se o cristal for colocado numa posição "fácil", sorte do jogador.

O cristal "abre as portas da saída" e isso é indicado no livro (quem lê o poema tem que ficar esperto, pois ele dá uma dica do que tem que ser feito). Mas ter as portas abertas não é o bastante. A outra pergunta frequente é: "como saio daquele pântano?".

A essa questão respondo sempre: o pântano é como se fosse um pântano de verdade, ou seja, é difícil orientar-se nele, então será prudente ter duas coisas: um instrumento qualquer que ajude a determinar os pontos cardeais corretos e algo que indique a direção certa a seguir. Sem isso o sistema fica confuso e pode "achar" que o norte fica ao sul, etc. O jogador fica "andando" naquelas posições até morrer de sede ou de alguma doença tropical - ainda assim ele pode ter sorte e retornar à entrada do pântano.

Só isso é o bastante para resolver o jogo? Certamente que não. Ainda tem a questão da sede, da cobra, da onça, a travessia do lago e do abismo. Mas isso você resolve jogando a aventura..

Onde estão os objetos ::